quinta-feira, 22 de agosto de 2013



"(...)Sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor pois se eu me comovia vendo você pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo meu deus como você me doía de vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno bem no meio duma praça então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme só olhando você sem dizer nada só olhando e pensando meu deus mas como você me dói de vez em quando." 

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

o costume é se esconder





A intensidade assusta, amar assusta, lutar por um amor assusta. 

Somos sempre amadores diante do medo. 

A sinceridade é quixotesca, é escandalosa, é inoportuna. 

Toda declaração é patética. Como as cartas de amor. Como os apelidos entre os amantes. Como as juras no sofá.

Em vez de mostrar a importância do outro, o costume é se esconder.

Em vez de abrir nossa vontade de permanecer junto, o costume é dissimular.

Em vez de expor o tamanho de nossa fragilidade, o costume é bancar o forte e intransigente. 

Em vez de ouvir, o costume é se refugiar no orgulho.

Somos dependentes da aceitação mais do que do coração. 

Não enfrentamos as críticas dos amigos, da família, preocupados com o nosso sofrimento.

Somos educados para a indiferença: o que incomoda precisa ser deixado de lado, o que atrapalha deve ser esquecido.

Insistir já vira chatice. Ninguém aguenta um assunto por muito tempo. Mas isso não é um assunto, é a minha vida. 

Queremos merecer um amor mas, de modo algum, sofrer por ele. 

Queremos alguém que não desista da gente, mas não oferecemos chance.

Como crescer no amor sem superação? Como crescer os olhos sem o invisível? 

Como recomeçar os laços sem humildade? 

A ideia é se separar e não demonstrar nenhum sentimento? Como? 

Ninguém é adulto no sofrimento. Só o cínico.

Ninguém é maduro no sofrimento. Só o insensível. 

Vamos errar, beber, exagerar, tropeçar, gritar, explodir durante a ausência e se arrepender aos abraços e lágrimas.

Se ela diz que me ama, não faria sentido virar o rosto, a não ser que seja para receber seu beijo. 

Posso não tê-la de volta, mas não terei me perdido e jamais terei desvalorizado sua força em minha vida.

O que pode parecer motivo de pena para mim é coragem. 

Reserve a compaixão a quem se entrega para a mentira. Mentir para si é imperdoável. 



quarta-feira, 20 de março de 2013

love




IAN: I met this new girl.
SONIA: Good. But she already has someone, right?
INNER VOICE: But I feel like she wants you too.
SONIA: Maybe she’s just nice and flirts with everybody.
IAN: She’s too perfect to be true. Intelligence excites me.
INNER VOICE: But what about that girl, your Joy Division love. Did you forget her?
IAN: Never, but sometimes one just gets tired of having a passenger in life and wants a real mate.
SONIA: And how this new “Marie Antoinette” will help you if she’s already taken?
INNER VOICE: Maybe she came to show you that you can always find somebody interesting again.
IAN: Maybe that’s all.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013


Quando você entra para fora, vê o que de dentro, te tão inundante e orgânico, te passa despercebido no decorrer de ações tão intensas e instantaneamente fortalecidas.
Parece difícil, algo te prende a garganta, e diz: Sim! De algo voce tem medo!
Se desvencilhar é impossível, quando se descobre Vivo o que se acha não encontrado.


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Palavras




O nó na minha garganta vai diminuindo. Palavras juntam-se, grudam-se, atropelam-se umas por cima das outras. Nao importa quais sejam. Empurra-se e trepam uma nos ombros das outras. As isoladas, as solitárias acasalam-se cambaleiam, multiplicam-se. Não importa o que digo. Como um pássaro a esvoaçar, uma frase cruza o espaço vazio entre nós. Pousa nos lábios dele.

sábado, 10 de novembro de 2012

We found love



It’s like you’re screaming and no one can hear. You almost feel ashamed that someone could be that important, that without them you feel like nothing. No one will ever understand how much it hurts. You feel hopeless, like nothing can save you. Then when it’s over and it’s gone, you almost wish that you could have all that bad stuff back, so that you could have the good.

terça-feira, 30 de outubro de 2012




Do the things that you always wanted to
Without me there to hold you back, don't think, just do
More than anything I want to see you girl
Take a glorious bite out of the whole world.

sábado, 20 de outubro de 2012

Sou de passáros


Do que me prende a terra, desfaço o laço e me afasto. Por que não sou de chão; sou de pássaros. 
De asas nos pés.
Acerto o compasso, apresso o passo e leve, sigo. Porque sou de plumas.          De levitares e de suspiros.
Em brisas ou furacões eu sou de ventos. Eu sou de voos num rasgar de céus azuis. E quando asas me faltarem, serei de quedas, ainda que abismais, nem o viver discreto impedirá a torrente de almas que me rasgam de fora pra dentro o limite de céu que trago.




segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Eu só quero quero você



Eu nao quero que seus amigos saibam tudo sobre mim, só que quando ninguém saiba onde você está, eles digam que você – provavelmente – está comigo. Eu nao quero que tu ame as bandas que eu gosto, só quero que você me ligue pra dizer que ouviu uma musica, e que lembrou de mim. Eu nao quero que você me de presentes o tempo todo, só quero que em um dia aleatório, você chegue com uma margarida roubada do jardim do vizinho. Eu nao quero que você me ligue o tempo todo, só que mande uma mensagem de madrugada, dizendo que nao consegue dormir. Eu nao quero que você me leve para onde tu for, so quero que quando você voltar, diga que sentiu saudades.
Eu nao quero que você saia comigo todos os dias, só quero que em um dia qualquer você me ligue dizendo que está em frente a minha casa, me esperando. Eu nao quero que você me faça declarações de amor, só quero que eu encontre meu nome escrito em algum canto do seu caderno. Eu nao quero que você me chame de apelidos como amor, linda, foda, so quero que quando perguntem sobre mim, suas pupilas dilatem e você diga “minha princesa”.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Mario Quintana disse:



Essas duas tresloucadas, a Saudade e a Esperança, vivem ambas na casa do Presente, quando deviam estar, é lógico, uma na casa do Passado e a outra na do Futuro. Quanto ao Presente - ah! esse nunca está em casa.